Uma das minhas grandes conquistas, além de entrar em uma universidade pública, foi a oportunidade que recebi da ESALQ de realizar um ano de ensino no exterior. A área de ciências agrárias é ampla e ocorre em universidades do mundo inteiro, e a regra não foge tanto para as áreas de estudo da Engenharia Florestal. Desde que ingressei na ESALQ tive interesse em realizar um intercâmbio e, no começo do meu 3° ano de estudo, concretizei essa possibilidade. Permaneci então de olho em editais, ao mesmo tempo tentando manter um bom desempenho acadêmico e com um conhecimento já considerável da língua inglesa, que é essencial prara a maioria das universidades estrangeiras. Foi então que consegui uma vaga (e, com sorte, uma bolsa de estudos) para a Wageningen University and Research Center na Holanda. Apesar dos estudos de lá não serem muito focados em florestas, afinal não é um ecossistema muito comum no país, não faltou o que fazer. Já que esse era o caso, pude cursas disciplinas de diversos temas como estatística voltada à ecologia, manejo sustentável da terra, políticas públicas, turismo, agricultura orgânica, educação ambiental e tantas outras. Alguns podem não concordar, mas eu vi isso como um ponto extremamente positivo pois, para mim, somente contribuiu para enriquecimento do conhecimento pessoal e também aplicado, afinal sempre é possível inter-relacionar esses temas. Fora do ambiente de estudos, a vivência também é impagável: conhecer novos lugares, culturas e modos de vida, falar no dia a dia em outra língua, criar uma rede com pessoas do mundo inteiro e também amizades fortes que podem durar pra vida inteira, com sorte e esforço. Eu com certeza anseio por experiências semelhantes e, como dicas, posso dizer que um conhecimento mínimo da língua é extremamente importante e, ao ter essa oportunidade, se esforce, mas também aproveite bem o que o lugar tem a oferecer